Só com sorte os apoios aparecem no Valenciano

FUTEBOL

Com um pouco mais de sorte, o destino do Valenciano poderá ser mais risonho e fácil de gerir. Augusto Natal avisou os sócios em Julho que "se manteria à frente do clube somente até Maio", encurtando assim o mandato para apenas um ano, porque "cedeu aos pedidos" para substituir Vítor Triquete, que se afastou por razões de saúde.
A carreira da equipa orientada por Manolo, na primeira época na segunda divisão “B”, não está a correr de feição e não se deve à falta de qualidade dos jogadores, pois Augusto Natal está ciente "de que só precisam de ser mais ambiciosos". No momento que em o Valenciano sair dos lugares de despromoção, o responsável pela colectividade acredita que "os apoios começarão a aparecer em maior número". O aperto orçamental do clube "mais representativo do concelho" é resultado de uma engenharia financeira "muito realista e estável", para a qual contribuiu "o esforço de angariação de Campos Ferreira", presidente da Assembleia Geral. Com ele chegaram a Valença "patrocínios muito bons e de fora", que têm ajudado nas despesas, e sobretudo "no cumprimento salarial dos jogadores e dos compromissos com os fornecedores".
A autarquia está atenta ao facto de o Valenciano ser o clube mais a norte da II Divisão B, sendo por isso a "alma de Valença". Augusto Natal confessa que "gostaria de contar com mais", mas agradece a colaboração do presidente Luís Serra "no transporte da equipa, nos custos com o gasóleo e na cedência de exploração de um parque de estacionamento". Tudo isto somado, juntamente com os acordos publicitários do comércio local (o tecido empresarial é diminuto), o resultado ainda é pouco para fazer face à gestão de cinco escalões de formação, garante do futuro do plantel sénior. Augusto Natal quer encerrar em beleza 35 anos de dirigismo com "a implementação de um projecto ambicioso, que conferirá capacidade de auto-financiamento ao Valenciano".

GEICE DESPORTO