António Pires abandona Riba D`Ave

HÓQUEI EM PATINS

A gota de água aconteceu após a derrota do Riba D’Ave em Viana do Castelo, na 10.ª jornada do nacional da 1ª divisão de hóquei em patins, por 12-4, diante da ex-formação do até então técnico do conjunto de Guimarães, António Pires.
Ao jornal desportivo Norte Desportivo, o treinador explica as razões que o levaram a pedir a demissão: “Foi uma incompatibilidade com dois jogadores, sobretudo com um e após a postura no jogo em Viana do Castelo, pus o lugar à disposição da Direcção”. António Pires vai ainda mais longe e assume que a sua grande «oposição» foi Ruca, que “não aceitou a liberdade que eu dava aos jogadores mais novos”. Segundo o técnico “a equipa do Riba D’Ave tem uma média de idades baixa”, é um “conjunto formado, maioritariamente, por atletas da casa, que pela primeira vez disputam o escalão sénior e logo a actuarem na Primeira Divisão”, ou seja, “é preciso paciência e nem todos a souberam ter”, adianta.“Quando assumi o comando técnico do Riba D’Ave, o grande objectivo não era a permanência. A equipa é muito jovem a experiência é quase nula nesta competição”, afirma, e, quase de pronto, adianta: “Estávamos a construir uma equipa com valor, que lentamente estava a subir de forma, aliás, só por mera falta de sorte não vencemos os jogos em casa com o Sintra, Portosantense e Nortecoope, mas provámos que estávamos no caminho certo. As exibições demonstravam-no”.Em suma, António Pires, salienta que “90 por cento do plantel e 99 por cento dos adeptos estavam do meu lado e isso prova que nunca fui contestado”. Quanto ao futuro: “Estou aberto a propostas com projectos viáveis”.Substituto António Luís entra a ganharMas… «rei morto, rei posto». Horas depois de aceitar a demissão de António Pires, o presidente do clube, José Brandão apresentou António Luís, um “homem da casa”, como o próprio fez questão de salientar. “É o homem certo no lugar certo. Conhece bem esta casa e o nosso trabalho, além disso, trabalhou com grande parte destes jogadores, já que estava inserido no projecto da formação”, afirma.Admitindo que “a saída de António Pires apanhou a Direcção de surpresa”, o dirigente máximo do clube assegura que “devido à ausência de resultados era também um pouco esperada” e avança: “Pelo «timing» foi surpresa, mas pelos resultados nem tanto. Esperávamos algo mais da equipa, embora tenhamos que admitir que aqui e ali nos faltou a estrelinha da sorte. No fundo, a escassez de pontos dignifica a atitude de António Pires”, assegura.José Brandão afirma que o “grupo tem valor para ter feito mais do que o que fez”, mas também adverte para o facto de “nada ser conseguido com toques de magia”, aludindo um pouco à vitória conseguida na última ronda na recepção ao Paço D’Arcos, a primeira da temporada: “A equipa encontrou-se e as «chicotadas psicológicas» também têm esse efeito. Respirou melhor e com a saída de António Pires teve uma oportunidade para fazer algo mais. Acabou por jogar mais solta, desinibida e com mais alegria”, declara.Sobre o futuro, o presidente é peremptório: “Nada está perdido. A manutenção continua ao nosso alcance. Vamos lutar por essa meta”.Mas há ainda mais uma novidade na equipa. O avançado Dino também está de regresso e é “o único reforço” de Inverno.

GEICE DESPORTO