segunda-feira, abril 11, 2005

Porquê a nomeação de José Luís Moreira para dirigir o Darquense - Távora?

COMUNICADO DO C. R. C. TÁVORA

Numa semana em as instâncias nacionais que dirigem a arbitragem portuguesa (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol) apela, através de um comunicado, à contenção, dizendo “que é tempo daqueles que exercem funções nas estruturas dirigentes da arbitragem portuguesa pautarem o seu comportamento por normas escrupulosas de conduta ética e deontológica, de aplicação obrigatória por todos, com a imediata suspensão de funções caso não sejam respeitadas ou de alguma forma adulteradas. Esta Associação de Classe continuará a trabalhar no sentido de se entender que as funções directivas de qualquer órgão de arbitragem têm de ser exercidas numa perspectiva de uma missão de serviço público, além que teremos sempre o máximo respeito por todos aqueles que servem as causas e não se servem das causas”.
Vem isto a propósito da recente nomeação, pelo Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Viana do Castelo, do árbitro José Luís Moreira, para dirigir o jogo Darquense-Távora, realizado no passado domingo dia 3 de Abril, naquela localidade.
Sabendo que existe um contencioso entre aquele elemento e o Centro Recreativo e Cultural de Távora (Santa Maria), surgido na sequência do jogo Távora-Chafé (2-1) e do qual resultaram diversos processos.
Dois instaurados pelo Conselho de Disciplina, cujos arguidos são o clube e o seu presidente. Por outro lado, o presidente do clube interpôs uma acção cível contra aquele árbitro (cujos processos estão a decorrer), por afirmações aduzidas e atentatórias da dignidade do nosso presidente do clube.
Apesar de todas estas condicionantes, aquele conselho de arbitragem, numa atitude que repudiamos, nomeou o referido árbitro. Ao ter conhecimento desse facto, um dirigente deste clube entrou em contacto com um elemento do conselho de arbitragem para manifestar o desagrado criado e, como resposta, desligou o telefone.
Por tudo isto, o Centro Recreativo e Cultural de Távora (Santa Maria), torna público o seu repúdio e manifesta a sua estranheza pelo facto do Conselho de Arbitragem, mesmo sabendo das ocorrências verificadas e dos processos que se encontram a decorrer, ter nomeado o referido árbitro para dirigir aquele encontro…
Porque seria que tal se verificou? Que motivos teriam levado a que isso acontecesse? Responda quem sabe…
Porque não queremos pactuar com atitudes atentatórias da verdade desportiva, solicitamos ao Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Viana do Castelo, o respeito devido e merecido a este clube de Arcos de Valdevez, exigindo que este “estranho” caso seja devidamente esclarecido já que nos parece um contra senso se ter verificado tal nomeação quando existem pressupostos que indiciam claramente a ruptura entre as duas partes – árbitro e clube.
A bem do desporto, da arbitragem e do futebol distrital, continuaremos a pugnar por esta causa, na certeza de que aquilo que nos move é a defesa dos interesses desportivos do nosso e de todos os clubes.

A Direcção do C. R. C. Távora (Santa Maria)