Dirigente vem de França todos os fins-de-semana para ver o seu clube
FUTEBOL / DESPORTIVO DE MONÇÃO
Fazendo jus ao ditado que assegura que quem corre por gosto não cansa, o presidente do Desportivo de Monção desloca-se todos os fins-de-semana de França, onde está emigrado, até Portugal, para assistir aos jogos do seu clube.
É um ritual que Manuel Carlos Melo, 40 anos de idade, repete religiosamente desde que, em Julho de 2004, para evitar um vazio directivo, tomou as rédeas do clube: à sexta-feira apanha o avião para Portugal e, depois de assistir aos jogos dos diversos escalões, regressa a França na segunda-feira, para olhar pelas duas empresas de construção civil que ali criou.
"Só em despesas com transportes gasto entre 500 a 600 euros por semana, mas quase que me apetece dizer que quem gasta por gosto não custa", refere Manuel Melo, confessando que lhe custaria muito mais estar sem ver jogar aquele que é, desde sempre, o clube do seu coração.
Mas não se pense que é só porque tem obrigações "presidenciais" que este homem, emigrado em França há 20 anos, se desloca regularmente a Portugal para assistir aos desafios em que intervém o Desportivo de Monção.
"Na época passada, não tinha qualquer cargo directivo e vim cá ver 15 jogos. A verdade é que não posso passar sem isto. Os meus hóbies são futebol, futebol e futebol", garantiu.
O Desportivo de Monção movimenta cerca de 80 atletas, repartidos pelos juvenis, juniores e seniores, sendo o seu orçamento anual de 200 mil euros, uma verba que os "sponsors" não cobrem, "nem de perto nem de longe".
"Eu é que tenho financiado uma grande fatia do Orçamento, mas tem que ser. O meu bairrismo a isso me obriga", confessa Manuel Melo, vincando que a sua aposta é colocar na 2ª Divisão B o Desportivo de Monção, actualmente a militar na 3ª Divisão Nacional.
Sportinguista ferrenho, talvez por ter nascido em 1964, ano em que o clube de Alvalade conquistou a Taça das Taças, Manuel Melo admite que para o Desportivo de Monção atingir aquela meta "talvez desse jeito" ter nas suas fileiras o "leão" Liedson, líder da lista dos melhores marcadores da Super Liga.
"Esse dava jeito, de facto. Mas, por exemplo, confesso que não trocava o actual guarda-redes do Desportivo de Monção pelo Ricardo, muito menos pelo Vítor Baía", diz, com convicção.
Além da subida de divisão, os outros "sonhos" de Manuel Melo para o clube da sua terra passam por dotá-lo de um campo sintético, de um posto médico "em melhores condições" e de um ginásio.
Por isso, e porque Roma e Pavia não se fizeram num só dia, já decidiu: vai recandidatar-se a um novo mandato, desta feita de dois anos.
Sempre, claro, com a garantia de que todos os fins-de-semana fará as malas e apanhará o avião em Paris, para estar perto da equipa.
"É preciso dar apoio aos jogadores, animar os colegas da direcção e tratar dos problemas que possam surgir durante a semana", explica.
Ah, e se for preciso, também pode dar algumas dicas aos guarda-redes do clube, já que esse foi um posto que ele mesmo ocupou quando praticou futebol, como amador, na Associação Desportiva de Pias, em Monção.
"Nunca fiz uma carreira muito profunda", confessa, evitando entrar em grandes pormenores sobre as suas perfomances futebolísticas, mas deixando perceber que, mesmo assim, "era bem capaz" de causar alguma inveja ás "estrelas" Ricardo ou ao Vítor Baía.
geicedesporto@iol.pt
Fazendo jus ao ditado que assegura que quem corre por gosto não cansa, o presidente do Desportivo de Monção desloca-se todos os fins-de-semana de França, onde está emigrado, até Portugal, para assistir aos jogos do seu clube.
É um ritual que Manuel Carlos Melo, 40 anos de idade, repete religiosamente desde que, em Julho de 2004, para evitar um vazio directivo, tomou as rédeas do clube: à sexta-feira apanha o avião para Portugal e, depois de assistir aos jogos dos diversos escalões, regressa a França na segunda-feira, para olhar pelas duas empresas de construção civil que ali criou.
"Só em despesas com transportes gasto entre 500 a 600 euros por semana, mas quase que me apetece dizer que quem gasta por gosto não custa", refere Manuel Melo, confessando que lhe custaria muito mais estar sem ver jogar aquele que é, desde sempre, o clube do seu coração.
Mas não se pense que é só porque tem obrigações "presidenciais" que este homem, emigrado em França há 20 anos, se desloca regularmente a Portugal para assistir aos desafios em que intervém o Desportivo de Monção.
"Na época passada, não tinha qualquer cargo directivo e vim cá ver 15 jogos. A verdade é que não posso passar sem isto. Os meus hóbies são futebol, futebol e futebol", garantiu.
O Desportivo de Monção movimenta cerca de 80 atletas, repartidos pelos juvenis, juniores e seniores, sendo o seu orçamento anual de 200 mil euros, uma verba que os "sponsors" não cobrem, "nem de perto nem de longe".
"Eu é que tenho financiado uma grande fatia do Orçamento, mas tem que ser. O meu bairrismo a isso me obriga", confessa Manuel Melo, vincando que a sua aposta é colocar na 2ª Divisão B o Desportivo de Monção, actualmente a militar na 3ª Divisão Nacional.
Sportinguista ferrenho, talvez por ter nascido em 1964, ano em que o clube de Alvalade conquistou a Taça das Taças, Manuel Melo admite que para o Desportivo de Monção atingir aquela meta "talvez desse jeito" ter nas suas fileiras o "leão" Liedson, líder da lista dos melhores marcadores da Super Liga.
"Esse dava jeito, de facto. Mas, por exemplo, confesso que não trocava o actual guarda-redes do Desportivo de Monção pelo Ricardo, muito menos pelo Vítor Baía", diz, com convicção.
Além da subida de divisão, os outros "sonhos" de Manuel Melo para o clube da sua terra passam por dotá-lo de um campo sintético, de um posto médico "em melhores condições" e de um ginásio.
Por isso, e porque Roma e Pavia não se fizeram num só dia, já decidiu: vai recandidatar-se a um novo mandato, desta feita de dois anos.
Sempre, claro, com a garantia de que todos os fins-de-semana fará as malas e apanhará o avião em Paris, para estar perto da equipa.
"É preciso dar apoio aos jogadores, animar os colegas da direcção e tratar dos problemas que possam surgir durante a semana", explica.
Ah, e se for preciso, também pode dar algumas dicas aos guarda-redes do clube, já que esse foi um posto que ele mesmo ocupou quando praticou futebol, como amador, na Associação Desportiva de Pias, em Monção.
"Nunca fiz uma carreira muito profunda", confessa, evitando entrar em grandes pormenores sobre as suas perfomances futebolísticas, mas deixando perceber que, mesmo assim, "era bem capaz" de causar alguma inveja ás "estrelas" Ricardo ou ao Vítor Baía.
geicedesporto@iol.pt
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